Porque Ele vive.


Não havia beleza alguma em seu rosto dominado pela dor. Seu andar cambaleante e o peso da cruz que levava sobre seus ombros dariam esperança aos homens. Eles, por sua vez, escarneciam da fonte da vida. Zombavam, cuspiam e esbofeteavam seu rosto. Nada era mais proveitoso. A santidade de Jesus Cristo incomodava, bem como seu amor, sua serenidade e majestade. No meio daquela multidão, quase ninguém cria e entendia a mensagem que Ele trouxera. Tinham olhos, mas não viam; possuíam ouvidos, mas não escutavam.  Agradou a Deus moê-lo, pois o seu Filho amado ofereceu sua vida para a salvação das almas. O plano de Deus para a humanidade estaria consumado com a morte de Jesus Cristo: a salvação para todo aquele que nele crer.
A alimentação da salvação vem com a prática do amor de Deus. Quem realmente amá-lo guardará os seus mandamentos e buscará caminhar em santidade. Os santos de Deus reconhecem que nada são sem a infinita graça e misericórdia dele, pois não há debaixo desse Sol quem faça exatamente o que é correto sempre. No entanto, tal fato não pode ser usado como escudo para pecar. A alimentação do espírito com a Palavra permite a comunhão com Deus, assim como a prática daquilo agradável aos olhos do Pai. Com o espírito alimentado, a carne torna-se forte.
A salvação vem mediante a fé, mas esta sem obras é morta. Pratique a fé que recebeu de Deus. Busque a comunhão plena com o Espírito Santo, pois emergirá no seu ser a vontade de fazer o bem e a obra que Deus ordenou pela sua exclusiva autoridade.  
Nada se torna mais difícil quando os lábios prevalecem contra os ouvidos. Escute e deixe ser conduzido pela Palavra, pois ela lhe mostrará o caminho. Quando se busca a Deus o maior pastor estará com você, Jesus Cristo. A comunhão com o Espírito Santo lhe trará a certeza das suas escolhas e conduzir-lhe-á à salvação. No grande dia, aquele que for fiel será galardoado por aquele que tudo criou e viverá eternamente exaltando o nome do Senhor dos Exércitos.
Jesus nos ama. Tal frase é simples, mas deve mover uma vida inteira. 
Ele ressuscitou. Ele vive. 

Todo dia é dia de crescer.


Não posso deixar passar em branco a minha ida à Macapazinho, uma comunidade quilombola remanescente, na última quinta-feira. Por isso, resolvi discorrer um pouco sobre esse acontecimento. Nada muito longo, mas o suficiente para absorver alguma coisa. Esta viagem ocorre há anos na minha escola e envolve os alunos do segundo ano do ensino médio. Um dos objetivos é doar cestas básicas e fazer com que os alunos conheçam algo novo.
Para começar a caminhada pela comunidade com mais ânimo e vigor, fomos recebidos com o sorriso de quem nos esperava. Crianças perambulavam a todo instante por entre a gente, sempre com uma felicidade estampada no rosto, enquanto o restante da comunidade nos observava, tendo a recíproca como verdadeira. Choques de realidades podiam ser sentidos naquele instante inicial, mostrando que a experiência posterior seria fantástica. Toda boa obra tem um prelúdio intrigante.
Depois do café da manhã e das considerações iniciais fomos ao lugar onde a farinha de mandioca é preparada. As senhoras que estavam trabalhando tiravam a casca dessa espécie de planta muito agilmente, dando até um nervoso em quem via. O facão utilizado parecia ser afiado, mas nada de assustador pra quem faz a atividade todos os dias. Logo depois fomos ver as hortaliças da comunidade, que em sua maioria está voltada à subsistência. Algo interessante é que a propriedade é coletiva, tendo somente um lote de terra para cada família. Isso evita a venda da propriedade, algo que foi feito pelos antepassados dos moradores atuais, que tiveram de lutar para recuperar a terra.
A religião predominante é a católica, mas há um terreiro de umbanda na comunidade. Um grupo de pessoas e eu visitamos o terreiro. Fomos recebidos por uma senhora que nos falou um pouco mais da religião e das entidades que estavam presentes através das imagens. O interesse dos alunos que ali estavam gerou muitas perguntas e a conversa a cada instante ficava mais interessante. O ambiente tinha pouca iluminação e fizemos um círculo ao redor da senhora para poder vê-la e ouvir o que falava.     
Depois das visitações previstas aos lugares mais importantes da comunidade todos foram almoçar. Ao som de música ao vivo todos comeram e logo depois se jogaram no igarapé que estava na lateral do restaurante. A diversão foi total, contagiando até os professores, todos muitos recatos em sala de aula. Interessante ver os personagens que encarnamos na vida, não de maneira pejorativa, mas como um método para se dar bem em todos os lugares.
O aprendizado tirado da viagem não cabe num texto. Vislumbrar uma nova realidade e conhecer uma nova cultura é algo que acrescenta no teu valor moral, seja para o surgimento de uma nova concepção seja para a concretização de outra. Tudo é muito construtivo para quem quer aprender.
Para mim, o que fez a viagem ficar mais deliciosa foi o Atittude no ônibus. Para quem não sabe, Atittude é um grupo cristão da minha escola, que fala de Deus e o louva. Desta vez louvamos a Deus durante um bom tempo, não se importando com o restante do ônibus que estava completamente avesso à nossa reunião. Mas, todos se divertiram e aprenderam. 

Muito massa!

Conversão.


Ele enveredava pelas suas trilhas, traçadas de acordo com o seu querer. Sua opinião era absoluta e preenchia todos os espaços da sua mente. Certamente, ele não entendera o que estava acontecendo com o seu ser depois da experiência e escolha da noite anterior... Tudo lhe parecia maravilhoso, mas confuso. O que fazer? Voltar à iniqüidade ou prosseguir na equidade?
Nada lhe era claro, sua visão proporcionava uma imagem embaçada, como se fosse num espelho, onde ele via tudo obscuramente. O seu ego teve grandes pancadas no caminho da equidade. Seus ouvidos ficaram mais aguçados e seus lábios mais imóveis. Em decorrência disso, um coração quebrantado e obediente tomou lugar daquele que era pedregoso e transgressor.
Ainda assim tudo lhe era diferente, um tanto quanto sobrenatural. Mas, ele ainda não tinha vivido nada. O melhor estaria por vir. A sua sede pela verdade, que estava toda na Bíblia Sagrada, um livro duvidoso a ele quando estava andando na iniqüidade, foi sua bússola. Guiou-o pelos caminhos da equidade. Ele tinha como sustentáculo Jesus Cristo, sua pedra angular.
E o melhor chegou. Devido à busca pela retidão e verdade, o seu Deus escutou sua oração. O jovem pedira o batismo no Espírito Santo, algo que motivou seu jovial coração a bater muito mais rápido só de ouvir falar em tal acontecimento. O seu batismo foi a experiência de sua vida. A melhor de todas. Aquele que o conduziu e trabalhou em seu coração impuro no princípio de sua conversão estava habitando nele, ou seja, o Espírito Santo.
Ele vislumbrou o poder que sobre ele estava a partir daquele instante. Ele podia fazer todas as coisas que seu Pai ordenasse. O Espírito Santo de Deus, aquele que pairou sobre as águas e é o próprio Deus, estava nele.
A partir de então, ele viveu. A vida mais bela que poderia ter. Uma vida repleta de lutas, mas com imensurável consolação.