Analisemos a construção de um edifício.
O construtor arquitetou seu projeto, selecionou os melhores materiais e contratou os mais competentes ajudantes. Ele fizera um edifício magnífico, visualizado com grande admiração e respeito por todos. Seus lábios jorravam as mais belas palavras quando ele estava no seu momento de glória. No entanto, com o arrastar dos anos, a pintura exterior do edifício começou a desvanecer e a traça começou a corroer os móveis internos. A excelência e beleza do templo começaram a fugir vagarosamente.
O construtor entristeceu-se com tamanha decadência, no entanto, não se preocupou em reparar os danos causados pelo tempo. Ele desejou construir outros templos, mas fracassou em todas as tentativas. Decerto, seus lábios não jorravam mais bênçãos. Certa vez, num momento de angústia e aflição, olhou para a sua construção. Percebeu o quão da beleza da obra, bem como das maravilhas que passara quando estava nela. Apesar de ter perdido sua primeira essência, ainda poderia ser digna de holofotes e admiração. Ainda havia esperança nela, mesmo com todas as desventuras e negligências que a atingiram.
Ele construiu seu templo com o mais caro fundamento, por isso ele não ruiu. Entretanto, seu desvio e corrupção fizeram com que se esquecesse do seu alicerce, a ponto de pensar em desmoronar toda a edificação.
Quem tem firme o alicerce não pode permanecer esmorecendo, pois ele é o que mantém a construção rígida; é necessário lembrar o motivo que levou à construção do templo. Lutas sempre virão, mas não se pode abaixar a espada nem o escudo para elas, acarretando na derrota e na morte pelos ataques inimigos. É indispensável permanecer naquilo que foi estabelecido no princípio, para não haver desvios e sim progressos.
Como está o seu templo para com Deus?
“Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo” 1Pedro 2.5
Nós, cristãos, somos o povo de propriedade exclusiva de Deus. O construtor em questão começou vencedor, tornou-se infeliz e o final ficou a critério dele. Acontece o mesmo conosco. Nós aceitamos a Cristo por intermédio da ação do Espírito Santo. Passamos a crer no Filho e depois de batizados em águas somos novas criaturas. Podemos fraquejar na fé, mas devemos lembrar que fomos resgatados por algo incorruptível, que é o sangue puro e imaculado do Cordeiro de Deus. O final cada um escolhe: a vida eterna ou o desmoronamento de toda a edificação e a conseqüente perdição eterna.
A vida de um cristão deve ser de compromisso e obediência para com Deus. Todos nós devemos desejar ardentemente o genuíno leite espiritual, que nos trará alimento para a salvação. Temos que nos dedicar mais à Palavra de Deus, que é viva e cortante. Isso serve para todos nós. Primeiramente temos que nos esmerar na nossa comunhão com Deus. É importantíssimo estarmos bem com Ele.
Quando somos edificados casa espiritual, devemos oferecer a Deus o sacrifício de aroma mais suave e agradável a Ele. Não é à toa que temos conosco a pedra angular, que é Jesus Cristo; pedra eleita e preciosa, a mais importante para a edificação de um templo. Para atingirmos alturas elevadas é necessário termos um fundamento sólido. Todos os que estão em Cristo tem um alicerce fortificado e jamais perecerão com as tempestades.
E está escrito:
“Oferece a Deus sacrifício de ações de graças e cumpre os teus votos para com o Altíssimo; invoca-me no dia da angústia; eu te livrarei, e tu me glorificarás” Salmos 50.14-15
Também está escrito:
“O que me oferece sacrifício de ações de graças, esse me glorificará; e ao que prepara o seu caminho, dar-lhe-ei que veja a salvação de Deus” Salmos 50. 23
Observem a vida do construtor que falei inicialmente. O final quem escolhe somos nós. Deus tem nos dado tudo. Necessitamos nos achegarmos mais a Ele, buscarmos a comunhão plena, amá-lo verdadeiramente e sermos Seus imitadores.
Que a graça do Senhor Jesus Cristo e as doces consolações do Espírito Santo estejam conosco hoje e para todo o sempre. Amém!
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